RSS

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Histórias da infância



Nunca fui uma pessoa muito cuidadosa com as coisas que tenho, não sou de me apegar a nada e para mim tanto faz vestir uma roupa de marca com o vestir uma que não seja, o que mais me importa é aquilo que me faz bem.
Estava vendo o quanto sou desleixada desde pequena.
Lembrei de uma coisa que minha mãe fez comigo, quando criança, tentando ajeitar esse meu lado desligada e desleixada com as coisas.
Recordei de quando fazia a alfabetização, onde a escola exigia um material para ficar na escola e outro para que o aluno ficasse em casa. Minha mãe que sempre gostou das coisas organizadas, e sempre comprava tudo do bom e do melhor para mim, fez aquela feira na época de compras de material escolar e comprou tudo duplo, da mesma marca para que parte ficasse na escola e a outra em casa.
Ela organizou toda a minha mochila, estojo, lápis, borrachas, colas, tesouras entre todas aquelas baboseiras de escola e tudo mais. Daí, deu-me uma advertência dizendo que todos os dias ao chegar da escola ela iria olhar se todo o material estava em dia e caso eu perdesse um lápis ou qualquer outra coisa eu iria levar 12 chineladas na mão( pois minha mãe nunca foi de bater de cinto, ou qualquer coisa desse tipo, se era para partir para algo desse tipo ela dava chineladinhas na mão só para amedrontar).
Organizada, como sempre fui, na primeira semana de aula, exatamente no segundo dia perdi o lápis de cor vermelha escura. Não deu outra, chegando em casa quando ela foi olhar o material, contou todos os lápis e faltava um, resultado: 12 chineladas! 6 em cada mão!
Terceiro dia da primeira semana de aula, ao chegar em casa e ela revisar todo o material, ela percebe que tinha perdido o lápis grafite. Resultado: 12 chineladas! 6 em cada mão!
Quarto dia da primeira semana de aula, eu chego em casa e ao revisar o material ela percebe que estava faltando o apontador de lápis e foi aquela esculhambação antes dela vir com a chinela eu já gritava dizendo que eu não tinha perdido o apontador, eu tinha emprestado a uma amiguinha de sala e ela acabou esquecendo, mas mesmo assim ela não contou conversa, foram mais 12 chineladas nas mãos.
Chego na escola, e vou logo correndo pra pedir a menina o bendito apontador para que eu mostrasse que eu não havia perdido. Chegando em casa, quando ela vai revisar o material neste dia tudo estava lá (tirando o que eu já havia perdido e adicionando o bendito apontador). Resultado: Neste dia eu não apanhei! :D
Começa a outra semana, e sexto dia de aula eu perdi mais um lápis de cor ( não lembro bem a cor neste exato momento). Resultado: Minha mãe desistiu de dar as 12 chineladas! =D
Ela deve ter percebido que não ia levar em nada, ela só se estressava em ter que escutar todos os dias os meus berros e que por mais que as palmadinhas fossem bestas não estavam adiantando de nada, infelizmente o meu desleixo era um defeito que deveria ser consertado de outra forma. Forma, esta, que até hoje ela não encontrou a solução para os meus desleixos.

5 comentários:

Dany disse...

Parece que tô vendo a minha mãe e a Lorenna nesse exato momento, hehehehe!
Iguaizinhas a vc e sua mãe! E até hj minha irmã não se consertou tb, kkkkkkkkkkkk

Ah, Su... vc se enganou completamente sobre a pessoa que descrevi no meu post passado (da promessa de casamento). Não é quem vc tá pensando não, kkkkkkkkkkkkkk. Depois te conto!
;)

3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Oi Su,

Fica tranquila, vc não foi a única a levar chineladas nessa vida, hahaha!!! E as minhas não foram na mão, hein?

Beijo, bom final de semana e obrigada pela visita ao 3xtrinta,

Bela

Dallas Diego disse...

Oiex!!

Tem sols meme pra vocÊ lá no Escritos!!!

BjuX)

Pâmela disse...

Hahahahaha! Que dó de você!
Ainda bem que ela desistiu das chineladas, senão, acho que você não ia ter dedos pra digitar nada atualmente, eim?
Beijos!

meus instantes e momentos disse...

Gostei do título do teu blog. Se eu soubesse na época que era tão bom ter vinte e poucos anos, não teria feito trinta nunca. Um pena eu não ter esse dom de parar o tempo.
Lindo teu blog.
Foi bom vir aqui.
Tenha um feliz domingo.
Maurizio